A Superintendência de Fomento ao Turismo (SUFOTUR), vinculada à Secretaria de Turismo da Bahia, dirigida pelo Sr. Diogo Medrado, encontra-se sob escrutínio devido ao descaso demonstrado em relação aos pagamentos de fornecedores e à falta de transparência em suas operações.
Nos últimos meses, diversos fornecedores, incluindo músicos, empresas de publicidade, agências de outdoor e bandas, utilizaram as redes sociais da própria superintendência para expressar suas preocupações e cobrar os pagamentos de serviços prestados em eventos de grande porte, como o São João de 2023 e o Carnaval de 2024. Entre os relatos, destaca-se o de uma internauta que se apresentou no São João de 2023 e, até o momento, não recebeu o devido pagamento.
A situação se estende também à imprensa, com diversos veículos de comunicação contratados pela SUFOTUR para divulgar os referidos eventos, que também estão enfrentando atrasos nos pagamentos. Este não é um problema novo, conforme evidenciado em uma matéria veiculada pelo Jornal Correio 24h em 2023, onde já se reportavam os atrasos de pagamento por parte da superintendência.
Além dos atrasos nos pagamentos, a falta de transparência é uma questão alarmante. Após um investimento substancial de mais de R$ 100 milhões no São João de 2023, a busca por informações detalhadas sobre os gastos da SUFOTUR revelou uma série de obstáculos. Uma solicitação de dados sobre o investimento em influenciadores digitais para a divulgação dos eventos foi feita através do Portal da Transparência em 16 de junho. No entanto, a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia informou que os dados estavam sob responsabilidade da SUFOTUR, que tinha um prazo inicial de 20 dias para responder, prorrogáveis por mais 10 dias.
A dificuldade em obter informações não se restringe apenas à falta de pagamento aos fornecedores, estendendo-se à própria comunicação com a superintendência. A assessoria do órgão, cujos contatos estão disponíveis no portal do governo, não está respondendo, e o endereço de e-mail fornecido remete à antiga Bahiatursa, complicando ainda mais os esforços para esclarecer as questões pendentes.
Diante desses fatos, cresce a indignação entre os afetados e a sociedade em geral, que demanda uma postura transparente e responsável por parte da SUFOTUR e de suas lideranças. O descaso com fornecedores e a falta de transparência nas operações não condizem com os princípios de uma gestão pública eficaz e comprometida com o bem-estar dos cidadãos e o desenvolvimento do turismo na Bahia.