Das cidades que integram o Litoral Norte, o município do Conde, a 180 km de Salvador, é o que carrega um retrocesso estrutural há mais de 30 anos. Nada mudou na geografia da cidade ao longo do tempo.
A cidade não tem sequer uma rodoviária, um sistema de transporte coletivo ou um programa de desenvolvimento estrutural para atrair empresas e fábricas que poderiam contribuir para o progresso local. Tudo funciona com muita precariedade.
Muitos jovens, inclusive, quando conseguem concluir o ensino médio, acabam indo embora por falta de perspectiva de sobrevivência na cidade, em razão desse cenário dramático e desolador. O que se observa, no dia a dia, é que o município do Conde está amparado por um amplo programa de paralisia, perceptível tanto nos atos do Executivo quanto do Legislativo.
Mas esse é um tema para outro artigo, no qual descreverei, amiúde, como funciona o trabalho de todos os vereadores (sem exceções), que optaram por atuar aliados ao prefeito da cidade, Anísio Oliveira, do partido União Brasil, eleito no último pleito eleitoral.
Agora, voltando à questão do retrocesso — e para o leitor ter uma ideia do que estou dizendo —, no Conde não existe nenhum programa sequer para mudar a estética da cidade. Por exemplo: no ponto de apoio que muitos chamam de rodoviária, existe um orelhão que nenhum prefeito, até hoje, se interessou em remover. Aliás, há dois ou três telefones públicos que ainda servem como cartão-postal da cidade — uma forma, naturalmente, de mostrar o grau de desenvolvimento do município do Conde.
Ah, detalhe importante, já ia esquecendo: no próximo texto abordaremos a merenda, o transporte escolar e a licitação milionária do lixo.