Na sessão desta terça-feira, a vereadora Luma Menezes (PDT) fez um alerta contundente à gestão municipal sobre a ausência de políticas públicas voltadas à arborização urbana e ao combate às mudanças climáticas em Alagoinhas. A cidade apareceu recentemente como a 4ª menos arborizada do Brasil, conforme dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fato que acendeu o debate sobre sustentabilidade no município.
A parlamentar ressaltou que a arborização urbana vai muito além de estética: trata-se de garantir bem-estar à população, especialmente às pessoas em situação de maior vulnerabilidade. “Plantar árvores é também uma forma de garantir espaço público digno para quem trabalha nas ruas para buscar o sustento das suas casas”, declarou.
A vereadora também fez um alerta sobre o agravamento das mudanças climáticas, afirmando que, apesar deste ano ser o mais quente, em comparação com os anteriores, será o de temperaturas mais brandas, quando considerado os seguintes. “Não há perspectiva de melhora, estamos vivendo uma ebulição global”, afirmou. “Ou nós, enquanto cidade, encontramos caminhos para atenuar esses efeitos, ou as pessoas mais vulneráveis serão prejudicadas completamente”.
O vereador Jorge da Farinha (PSD) também comentou a situação em plenário e se solidarizou com a preocupação da colega. “Salvador e Alagoinhas estão entre as 15 cidades menos arborizadas do país”, argumentou. Em seguida, destacou a necessidade da articulação com o secretário de municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Djalma Santos, vereador licenciado. “Alagoinhas tem muito espaço, portanto, temos o compromisso de dialogar com nosso colega Djalma, que está como secretário da pasta responsável pelo meio ambiente. Assim poderemos, dentro três anos, vamos tirar nossa cidade desse mapa tão negativo”, disse.
Por fim, a vereadora Luma Menezes reforçou que não pretende assistir aos impactos climáticos no município sem tomar as providências que cabem seu ofício legislativo, citando a realização de uma futura audiência pública que tratará sobre a implementação da Política Municipal de Combate às Mudanças Climáticas, já sancionada em lei, mas até hoje sem avanços práticos em Alagoinhas. “Estar paralisada não é o lugar para mim, por isso que eu insisto nessa temática, por mais solitário que pareça ser”, concluiu.