A saúde pública de Alagoinhas enfrenta um novo momento de incerteza. Em nota oficial divulgada nesta terça-feira (15), a Liga Álvaro Bahia comunicou que deixará de gerir o Hospital Materno-Infantil de Alagoinhas (HMIA).

Segundo a nota da assessoria de comunicação da Liga, a entidade cumpriu integralmente o contrato de 12 meses firmado com a Prefeitura Municipal para a implantação e gestão inicial da unidade, e que o vínculo contratual se encerra entre os meses de abril e junho. A instituição afirmou ainda que dará "todo suporte necessário à Prefeitura para o processo de transição".

“A entidade se sente honrada em ter sido a primeira a gerir este importante equipamento público e ter tornado o hospital referência em saúde materno/infantil para Alagoinhas e municípios circunvizinhos”, destaca a nota.

A saída da Liga Álvaro Bahia levanta preocupações entre profissionais da saúde e a população sobre o futuro da unidade, que rapidamente se tornou referência na região.

O Hospital Materno-Infantil de Alagoinhas foi inaugurado em 30 de junho de 2024. Sob responsabilidade da Liga, a unidade se destacou pelo atendimento humanizado e pela oferta de serviços de média e alta complexidade voltados à saúde materno-infantil. Com 49 leitos, o hospital atende gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos de até 30 dias, tanto por demanda espontânea quanto por regulação.

Além de emergência obstétrica, o hospital conta com Centro de Parto Normal (CPN), leitos PPP (pré-parto, parto e pós-parto), consultas de pré-natal de alto risco, ultrassonografias, e pediatria de puericultura. Estavam previstas, a partir de novembro, a ativação de Unidades de Cuidados Intermediários (Ucinca e Ucinco) e de uma UTI Neonatal.

Com a saída da Liga, ainda não há informações oficiais sobre qual instituição assumirá a gestão do equipamento, tampouco se a transição afetará os atendimentos e a continuidade dos serviços oferecidos.

A população agora aguarda um posicionamento da Prefeitura de Alagoinhas sobre os próximos passos da gestão do HMIA, considerado um dos maiores avanços na saúde pública do município nos últimos anos.