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Alagoinhas está falhando com suas crianças: a crise silenciosa na educação pública municipal

Enquanto as autoridades municipais de Alagoinhas se limitam a publicar notas justificando o injustificável, centenas de crianças da rede pública seguem sendo negligenciadas — privadas do direito mais básico e fundamental: o acesso à educação. O que acontece hoje nas escolas municipais da cidade é mais que um problema de gestão; é um retrato cruel do descaso com o futuro de toda uma geração.

Por: David Ribeiro Fonte: MARIA RIBEIRO DRT 5952/BA
15/04/2025 às 14h34 Atualizada em 15/04/2025 às 20h05
Alagoinhas está falhando com suas crianças: a crise silenciosa na educação pública municipal

Enquanto as autoridades municipais de Alagoinhas se limitam a publicar notas justificando o injustificável, centenas de crianças da rede pública seguem sendo negligenciadas — privadas do direito mais básico e fundamental: o acesso à educação. O que acontece hoje nas escolas municipais da cidade é mais que um problema de gestão; é um retrato cruel do descaso com o futuro de toda uma geração.

As aulas começaram oficialmente no dia 6 de março. Hoje, 15 de abril, ainda existem escolas sem professores, sem auxiliares, sem merendeiras, sem ar-condicionado, sem limpeza adequada e, pior, sem qualquer perspectiva concreta de normalização.

Alunos do 4º ano da Escola Irene Andrade de Assis estão há quase um mês sem professor. Na Escola Nova Brasília, salas seguem vazias, esperando por profissionais que nunca chegam. A Escola Maria Feijó também vive situação semelhante com turmas do 3º ano sem aula por semanas.

Trata-se de um colapso silencioso que atinge em cheio o Ensino Fundamental I e II — justamente as etapas mais cruciais da formação educacional de uma criança.

A negligência da Secretaria de Educação, sob o comando de Rita Bastos, ameaça causar danos pedagógicos irreparáveis. A defasagem na aprendizagem, o risco de evasão escolar e o agravamento das desigualdades educacionais já são perceptíveis, especialmente entre alunos de baixa renda e crianças com deficiência, que dependem exclusivamente da rede pública para ter alguma chance de construir um futuro melhor.

Enquanto isso, a Secretaria de Comunicação se dedica a lançar sucessivas notas tentando maquiar a realidade. Na última delas, a justificativa apontada foi o “curto intervalo” entre o encerramento do ano letivo de 2024 e o início de 2025 — uma explicação que, por si só, expõe o despreparo da gestão municipal em planejar e executar um calendário educacional minimamente eficaz. O argumento soa como escárnio quando confrontado com o sofrimento cotidiano de pais, alunos e professores que seguem à mercê do improviso.

Não é aceitável que, em pleno mês de abril, crianças estejam há quase 30 dias sem aulas. Não é razoável que se tente naturalizar a ausência de professores e o sucateamento da estrutura física das escolas. E, definitivamente, não é justo que os mais pobres — sempre os mais prejudicados — sigam sendo vítimas da incompetência e da falta de prioridade dada à educação pública.

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A educação das nossas crianças não pode continuar sendo empurrada com a barriga. O tempo que se perde na infância é um tempo que não se recupera mais. Os prejuízos causados hoje refletirão por anos — nas salas de aula, nas oportunidades negadas, nos sonhos interrompidos.

É hora de parar de justificar e começar a resolver. A educação não pode esperar. E as crianças de Alagoinhas merecem respeito.

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Por: MARIA RIBEIRO DRT 5952/BA

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