O portal Bahia Jornal desrespeitou, nesta quarta-feira (2), uma determinação da Justiça Eleitoral ao divulgar os resultados de uma pesquisa eleitoral em Alagoinhas, que havia sido suspensa pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA).
A pesquisa, realizada pela empresa Destake Consultoria e Comunicação, já estava sob suspensão por conter irregularidades apontadas pela Coligação Unidos Por Alagoinhas.
A decisão judicial, emitida pelo juiz da 163ª Zona Eleitoral, Dr. Luciano Ribeiro Guimarães Filho, determinava a suspensão imediata da publicação da pesquisa registrada sob o número BA09553/2024 no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), até que as irregularidades fossem sanadas. A sentença também previa uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Mesmo com a determinação judicial, o portal Bahia Jornal publicou a pesquisa, o que configura uma clara violação da ordem judicial. O Ministério Público Eleitoral (MPE), já havia alertado para os possíveis danos que a divulgação dos resultados poderia causar, destacando que a ausência de dados essenciais, como o grau de escolaridade dos entrevistados, comprometeria a integridade das informações apresentadas.
A pesquisa foi contratada pela empresária Bruna Grabriela Menezes Santiago, cujo capital social é de apenas R$ 1,00, fato que também gerou desconfiança quanto à idoneidade do processo. A empresa contratada para realizar a pesquisa, Destake Consultoria e Comunicação, sediada em Goiânia, possui pouca experiência no estado da Bahia, tendo realizado apenas duas pesquisas eleitorais até o momento.
A Justiça Eleitoral reforça que o objetivo de suspender a pesquisa é garantir a lisura do processo eleitoral em Alagoinhas, evitando que dados incorretos ou irregulares possam influenciar a escolha dos eleitores.
O descumprimento da decisão judicial pelo portal Bahia Jornal será objeto de nova análise por parte do TRE-BA, e providências legais serão adotadas para coibir a disseminação de pesquisas irregulares.
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